Z-O-M-B-I-E-S: uma história de amor e preconceito
- jornalizandoblogger
- 12 de fev. de 2019
- 2 min de leitura

O filme “Zombies”, do Disney Channel, lançado em 16 de Fevereiro de 2018 e dirigido por Jeffrey Hornaday e Paul Hoen, se passa em uma cidade chamada Seabrook, onde há 50 anos houve um acidente na usina de energia, envolvendo uma empresa de refrigerantes, e transformando parte dos cidadãos habitantes do local em zumbis. Devido ao ocorrido, um muro foi erguido separando as moradias das pessoas consideradas “normais” do território zumbi, o Zombietown.

Ao desenrolar do drama, o governo originou os Z-Bands, que são braceletes ajustados para conter a vontade dos zumbis de comer cérebros humanos. Décadas após, os agora então zumbis têm suas famílias novamente estruturadas e como o esperado, sofrem bastante desigualdade social, fato que leva os seus filhos a não frequentarem escolas fixas, e sim, a estudar em porões, sujos, de casas e estabelecimentos.
MAS,
o governo, no intuito de gerar uma boa imagem de si mesmo, resolveu mandar os estudantes zumbis, pela primeira vez, a uma escola de verdade, a “Seabrook High School”, onde não diferentemente da sociedade onde estão inseridos, os zumbis são desprezados e tratados como inferiores.
O que ninguém esperava é que dali para frente, as coisas começariam a mudar.

No primeiro dia de aula, dois calouros, Addison (Meg Donnelly) - uma líder de torcida e Zed (Milo Manheim) - um zumbi, descobrem o amor e a empatia pelo outro, mesmo em meio a tantos ensinamentos preconceituosos.

Zombies traz uma série de questões sociais importantes, dentre as quais destaca-se a intolerância. O filme parece ser uma simples estória de amor fictícia, mas traz na verdade uma dura crítica social. O amor proibido entre a líder de torcida e o zumbi ‘jogador de futebol’ parece ser o foco principal retratado no longa, mas ao meu ver, o verdadeiro enfoque está nas questões sociais não resolvidas (como o preconceito), e até mesmo, camufladas nas sociedades atuais, visto que muitas vezes a cor da pele, o tipo de cabelo ou, até mesmo, o tanto que você tem no bolso têm sido considerados mais importantes do que nossas atitudes ao construir relações.

Outra questão do filme que chama muito a atenção do público é o tipo de coisas que fazemos para agradar aos outros, mesmo que muitas vezes, essas coisas nos magoem. Um exemplo disso é Addison usar peruca para que pudesse ser aceita na equipe de torcida, e até mesmo, pelos seus próprios pais. Assim como Zed também sentia-se impulsionado a alterar o seu Z-Band para que pudesse jogar no time da escola e conseguisse dar certo ‘conforto social’ aos seus amigos zumbis. Essas atitudes são o que chamamos de sacrificar o nosso bem estar em busca de vencer a humilhação e inferioridade imposta. Os conflitos sofridos durante o filme são ligados aos dias atuais, pois o enredo vai muito além de uma história de amor adolescente, é uma ótima opção para quem deseja refletir sobre os dilemas que acontecem em nossos dias, em busca de um ar renovo e encorajamento para que não desistamos de tornar o mundo um lugar melhor para se viver.
Então,
MOSTRE-SE PARA O MUNDO!

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